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Resíduos grupo C: o que são e como devem ser descartados com segurança?

  • Foto do escritor: Deyse Tatiane dos Santos
    Deyse Tatiane dos Santos
  • 19 de ago.
  • 6 min de leitura

Atualizado: há 2 dias

Ao falarmos sobre resíduos produzidos por serviços de saúde, é comum pensarmos apenas em materiais infectantes ou perfurocortantes. Mas existe um grupo que merece atenção especial: os resíduos grupo C. Eles são formados por materiais contaminados com substâncias radioativas e exigem cuidados específicos, tanto no armazenamento quanto na destinação final.

Presentes em clínicas de radiologia, hospitais, laboratórios e até mesmo em consultórios odontológicos, esses resíduos não podem ser descartados de forma comum. Seu risco está diretamente relacionado à radiação, e o manejo incorreto pode representar sérios impactos à saúde humana e ao meio ambiente.

Neste artigo, vamos explicar quais são os resíduos do grupo C, quem precisa gerenciá-los, quais normas regulam seu descarte e como garantir que sua empresa esteja em conformidade. Se você trabalha na área da saúde, este conteúdo é essencial.

Quais resíduos se enquadram no grupo C?

Os resíduos grupo C abrangem todos os materiais contaminados por substâncias radioativas, ou que contenham radionuclídeos em concentrações acima dos limites permitidos pelos órgãos reguladores. São resíduos gerados em procedimentos que envolvem radiação ionizante, muito comuns na medicina nuclear, na radioterapia e em certas pesquisas laboratoriais.

Entre os exemplos mais frequentes estão seringas e luvas utilizadas em exames com radiofármacos, frascos de substâncias radioativas, equipamentos de diagnóstico e até fluidos corporais de pacientes submetidos a tratamentos com radiação. Muitos desses itens aparentam ser comuns, mas por estarem contaminados, representam riscos que exigem manuseio especializado.

O mais importante é entender que o grupo C não se restringe a grandes hospitais ou centros de pesquisa. Clínicas de menor porte, consultórios e até laboratórios de análises podem gerar resíduos desse tipo, especialmente quando terceirizam exames de imagem ou armazenam temporariamente materiais radioativos.

A identificação correta desse tipo de resíduo, o uso de sinalização específica e o descarte conforme a legislação são indispensáveis para garantir a segurança de profissionais, pacientes e do meio ambiente.

Quem precisa gerenciar resíduos do grupo C?

Ao contrário do que muitos imaginam, o gerenciamento dos resíduos grupo C não é uma responsabilidade exclusiva de grandes centros hospitalares. Qualquer serviço de saúde que realize procedimentos com materiais radioativos, ainda que em pequena escala, precisa seguir protocolos rigorosos para o descarte correto desses resíduos.

Clínicas de medicina nuclear, unidades de diagnóstico por imagem, laboratórios que trabalham com radioisótopos e centros de pesquisa científica são exemplos evidentes. No entanto, até estabelecimentos que contratam empresas terceirizadas para exames e armazenam temporariamente os resíduos também entram nessa lista. Se houver qualquer possibilidade de exposição à radiação ou contaminação cruzada, o gerenciamento é obrigatório.

A legislação brasileira, por meio da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), estabelece normas específicas para transporte, armazenamento temporário, segregação, acondicionamento e destinação final dos resíduos radioativos. Esses processos são detalhados e exigem documentação, rastreabilidade e treinamento das equipes envolvidas.

Ignorar essas exigências pode gerar consequências sérias, desde riscos à saúde até penalidades legais. Por isso, ter apoio técnico especializado na classificação e na gestão correta dos resíduos do grupo C é essencial para manter a conformidade e a segurança dentro da unidade de saúde.

Quer entender melhor como o PGRSS funciona na prática?

Então aproveite para conferir o post completo sobre PGRSS em BH, onde explicamos como ele é implementado, quais são os documentos exigidos e quais os erros mais comuns cometidos por clínicas e consultórios ao lidar com a gestão de resíduos.

Quem precisa lidar com os resíduos grupo C?

Os resíduos do grupo C são gerados por diferentes tipos de serviços de saúde e laboratoriais que utilizam materiais radioativos. Isso inclui clínicas de radiologia, medicina nuclear, centros de diagnóstico por imagem, hospitais com setores de radioterapia e até alguns laboratórios de pesquisa.

Embora não sejam tão comuns quanto os resíduos dos grupos A ou B, os resíduos radioativos exigem protocolos rigorosos de identificação, armazenamento, transporte e descarte. Não é permitido que esses resíduos sigam o mesmo fluxo dos demais, justamente por representarem riscos específicos à saúde humana e ao meio ambiente.

É fundamental que os responsáveis técnicos desses estabelecimentos conheçam os limites de armazenamento temporário e estejam em dia com os registros exigidos pelos órgãos competentes. A responsabilidade legal é grande, e as consequências do descarte incorreto podem ser graves, tanto do ponto de vista ambiental quanto jurídico.

imagens representando os resíduos do grupo C

O que a legislação exige sobre o descarte?

A gestão dos resíduos do grupo C é regida por uma série de normas específicas que vão além da RDC 222/2018 da Anvisa, que trata do gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Como esses materiais apresentam radioatividade, também é preciso cumprir exigências estabelecidas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), como a CNEN NN 8.01.

Essas normas determinam, por exemplo, o tempo mínimo de decaimento radioativo antes do descarte, o uso de contenções blindadas, a capacitação da equipe e o transporte por empresas licenciadas. Toda a operação deve ser acompanhada por um responsável técnico legalmente habilitado.

E como garantir que tudo esteja dentro da lei? Uma das formas é contando com o apoio de especialistas que compreendem não só a legislação, mas também os desafios operacionais do dia a dia. 

Um bom exemplo é a importância de entender quem pode assinar o PGRSS de uma empresa, algo que explicamos em detalhes neste conteúdo completo sobre o assunto.

Riscos associados ao descarte inadequado de resíduos grupo C

O descarte incorreto de resíduos do grupo C pode trazer consequências sérias tanto para o meio ambiente quanto para a saúde humana. Estamos falando de materiais radioativos que, quando mal armazenados ou descartados fora das normas, geram contaminação do solo, da água e até mesmo da atmosfera, com efeitos duradouros e muitas vezes irreversíveis.

Em ambientes hospitalares, por exemplo, a manipulação inadequada de materiais contaminados por radionuclídeos pode expor trabalhadores a níveis perigosos de radiação. Isso aumenta o risco de doenças ocupacionais, lesões celulares e danos cumulativos à saúde. Além disso, o descarte fora dos padrões compromete a reputação da empresa ou instituição, podendo resultar em multas pesadas e sanções legais por parte dos órgãos ambientais e sanitários.

Outro ponto crítico é a falta de rastreabilidade. Quando o descarte não é feito de maneira controlada e registrada, perde-se a capacidade de acompanhar o destino final do material, o que fere os princípios da logística reversa e da gestão responsável de resíduos.

É por isso que clínicas de imagem, serviços de medicina nuclear, laboratórios e hospitais precisam reforçar os cuidados, com protocolos bem definidos e o apoio de especialistas.

O papel da consultoria na gestão de resíduos radioativos

Gerenciar resíduos radioativos não é simples, e dificilmente uma clínica ou laboratório conseguirá cumprir todos os requisitos legais e técnicos sozinha. É aqui que entra o trabalho de uma consultoria especializada em resíduos da saúde.

Uma equipe técnica qualificada é capaz de orientar desde a classificação correta dos resíduos grupo C até a escolha de empresas licenciadas para o transporte e a destinação final. Além disso, essa consultoria ajuda a elaborar documentos obrigatórios, como o PGRSS (Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde), que é exigido pela Vigilância Sanitária em todo o Brasil.

Também cabe à consultoria treinar os profissionais da instituição para que saibam como identificar, armazenar e sinalizar corretamente os resíduos radioativos. Esse tipo de conhecimento evita erros simples que podem custar caro, tanto do ponto de vista financeiro quanto jurídico e ambiental.

Optar por esse tipo de serviço é mais do que cumprir a lei: é demonstrar um compromisso real com a segurança das pessoas e a proteção do meio ambiente. Por isso, ao lidar com resíduos grupo C, contar com uma consultoria ambiental é um investimento estratégico e necessário.

Resíduos grupo C exigem atenção redobrada

Tratar corretamente os resíduos grupo C é uma medida que vai além do cumprimento legal: é um compromisso com a saúde coletiva, com o meio ambiente e com a reputação da sua clínica, laboratório ou hospital. 

Quando se lida com materiais radioativos, todo detalhe importa: da separação ao acondicionamento, do transporte à destinação final. A negligência nesse processo pode gerar impactos irreversíveis e prejuízos graves, inclusive à saúde dos colaboradores.

Além disso, a classificação e o manejo correto dos resíduos radioativos exigem conhecimento técnico atualizado e atenção constante às normativas da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) e da ANVISA. Não se trata apenas de seguir um protocolo, mas de entender a complexidade desses materiais e garantir que todas as etapas estejam sendo conduzidas com responsabilidade.

Se você precisa de orientação especializada para lidar com esse tipo de resíduo, a Soluções e Resíduos pode ajudar. Nossa equipe atua com responsabilidade, conhecimento técnico e atenção a todas as normas da Vigilância Sanitária e dos órgãos ambientais.




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