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PGRSS tem validade? Entenda a importância da atualização e regularização

  • Foto do escritor: Deyse Tatiane dos Santos
    Deyse Tatiane dos Santos
  • 31 de mai.
  • 6 min de leitura

Atualizado: 23 de nov.

Uma das perguntas mais frequentes entre profissionais da saúde, estética e bem-estar é: afinal, o PGRSS tem validade?

O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) é um documento técnico obrigatório para estabelecimentos que geram resíduos com potencial de risco, como clínicas odontológicas, veterinárias, médicas, farmácias, drogarias, pet shops e espaços estéticos. Mas, após ser elaborado, o plano precisa ser renovado? Existe uma validade legal?

Essa dúvida é comum — e muito importante. Muitos profissionais acreditam que o PGRSS é um documento único e definitivo, elaborado apenas uma vez. No entanto, essa visão pode levar a infrações sanitárias, multas e até interdições durante uma fiscalização.

Neste artigo, você vai entender qual é a validade do PGRSS, quando ele deve ser revisado ou atualizado, quem é o responsável por esse processo e como garantir que o seu plano esteja sempre em conformidade com a legislação vigente.

Se você tem um PGRSS antigo, ou se fez mudanças na estrutura do seu espaço, este conteúdo é essencial para manter seu negócio protegido e regularizado.

PGRSS tem validade? A resposta técnica e legal

Sim, o PGRSS tem validade, mas ela não é fixa ou padronizada nacionalmente. Isso porque a legislação federal — em especial a RDC Anvisa nº 222/2018 — não define um prazo específico de vencimento, deixando esse aspecto a cargo das exigências locais e da necessidade de atualização técnica.

Na prática, a maioria dos municípios e órgãos de vigilância sanitária exige que o PGRSS seja revisado anualmente ou sempre que houver mudança nas condições do estabelecimento.

Algumas prefeituras determinam, por decreto, que o plano tem validade de 12 meses, exigindo revalidação ou reapresentação na renovação do alvará sanitário. Em outros casos, a vigilância cobra a atualização conforme a realidade da clínica ou consultório — ou seja, se houve mudança de endereço, ampliação da estrutura, inclusão de novos serviços ou alteração no volume de resíduos.

Além disso, mesmo sem um prazo fixo, o plano precisa estar funcional e em uso contínuo. Um PGRSS antigo, arquivado e desatualizado, não atende às exigências sanitárias e pode ser desconsiderado em fiscalizações.

Portanto, o ideal é tratar o PGRSS como um documento dinâmico, que acompanha o crescimento do negócio e as mudanças do setor — e não como um item burocrático e fixo.


imagens de contenedores de residuos representando pgrss tem validade

Quando é necessário revisar ou atualizar o PGRSS?

Mesmo sem um prazo fixo definido em lei federal, há situações em que a atualização do PGRSS é obrigatória e imediata. Ignorar essas mudanças pode colocar o estabelecimento em risco durante uma fiscalização sanitária.

Veja os principais cenários que exigem a revisão do PGRSS.

1. Mudança de endereço ou estrutura física

Se a clínica ou consultório mudou de local, ampliou salas, adicionou novas áreas ou alterou o layout, o plano precisa refletir essa nova realidade.

2. Inclusão de novos serviços ou procedimentos

Adicionou aplicação de injetáveis? Iniciou serviços clínicos em farmácia ou estética? Ampliou os atendimentos odontológicos? Todas essas mudanças exigem reclassificação dos resíduos e ajustes no plano.

3. Troca da empresa coletora ou destino final dos resíduos

Alterações nos prestadores de serviço de coleta, transporte e tratamento de resíduos devem ser documentadas e atualizadas no PGRSS, inclusive com os novos contratos e licenças.

4. Mudança no volume ou tipo de resíduos gerados

Aumento de atendimentos, introdução de novos materiais ou técnicas, ou redução de processos impactam diretamente a geração de resíduos — e exigem revisão do diagnóstico.

5. Atualizações na legislação local

Algumas vigilâncias sanitárias atualizam termos de referência, exigências técnicas e formatos do plano. Nesses casos, é necessário adequar o documento às novas diretrizes.

Revisar o PGRSS nessas ocasiões evita autuações e mostra que o negócio atua com responsabilidade e dentro da legalidade.

Quem é responsável por manter o PGRSS válido e atualizado?

A responsabilidade pela manutenção e atualização do PGRSS é, por lei, do responsável técnico do estabelecimento. Isso significa que o dentista, farmacêutico, veterinário, médico ou esteticista que assina como RT tem a obrigação de garantir que o plano esteja elaborado, implantado, funcional e atualizado.

Essa responsabilidade vai além da simples assinatura. O profissional deve conhecer o conteúdo do plano, garantir que as rotinas descritas estejam sendo seguidas pela equipe e que as atualizações necessárias sejam feitas em tempo hábil.

E se a clínica for pequena ou individual?

Mesmo profissionais autônomos, como dentistas com consultório próprio, esteticistas MEI ou farmacêuticos em farmácias com serviços clínicos, assumem a posição de RT e, portanto, devem manter o PGRSS em dia.

O que acontece se o plano estiver desatualizado?

Se durante uma fiscalização a Vigilância Sanitária identificar que o PGRSS está ultrapassado ou não está sendo seguido, o RT poderá ser:

  • Notificado e autuado individualmente;

  • Multado administrativamente;

  • Responsabilizado civil e até criminalmente, em casos de dano ambiental ou risco à saúde pública.

Além disso, o próprio estabelecimento pode ser interditado total ou parcialmente, o que compromete a imagem e o funcionamento do negócio.

Manter o PGRSS atualizado não é apenas uma formalidade — é uma demonstração de responsabilidade técnica, ética profissional e comprometimento com a biossegurança.

O ideal é contar com apoio especializado para elaborar, revisar e validar o plano de forma correta e alinhada à legislação vigente.

Como garantir a validade PGRSS?

Manter o PGRSS válido e funcional não exige burocracia excessiva — mas sim organização, responsabilidade técnica e rotina. Com algumas práticas simples, é possível garantir que o plano esteja sempre atualizado e pronto para apresentação em uma fiscalização.

1. Crie um cronograma de revisão anual

Mesmo que a legislação local não determine um prazo fixo, revisar o PGRSS a cada 12 meses é uma boa prática. Use um calendário de vencimentos (como o do alvará sanitário) como referência.

2. Atualize o plano sempre que houver mudanças

Alterações de endereço, estrutura, equipe, volume de resíduos ou prestadores de serviço devem gerar uma revisão imediata do plano. Quanto mais ágil for esse processo, menor o risco de penalidades.

3. Treine a equipe sobre os procedimentos do PGRSS

De nada adianta ter o plano atualizado se a equipe não sabe o que ele exige. Realize treinamentos periódicos sobre segregação, acondicionamento e descarte correto, principalmente ao integrar novos colaboradores.

4. Utilize POPs como apoio operacional

Os Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) ajudam a transformar o PGRSS em prática diária. Eles funcionam como guias simples e visuais, que facilitam a execução das rotinas descritas no plano.

5. Mantenha os registros organizados

Arquive manifestos de transporte, contratos com empresas licenciadas, laudos e qualquer documento relacionado ao gerenciamento de resíduos. Eles serão exigidos em auditorias ou fiscalizações.

Com esses cuidados, o PGRSS deixa de ser um documento “engavetado” e passa a ser um instrumento real de biossegurança e conformidade sanitária.

Atualizar o plano antigo ou elaborar um novo PGRSS?

Uma dúvida comum entre profissionais que já possuem um plano elaborado é: “Preciso fazer um novo PGRSS ou posso apenas atualizar o existente?”

A resposta depende do nível de mudança ocorrido no seu negócio. Se a estrutura física, os serviços prestados e a geração de resíduos permanecem praticamente iguais, uma atualização técnica do plano original pode ser suficiente. Nesse caso, o responsável técnico deve revisar os dados, validar os processos descritos e inserir novos documentos (como contrato com empresa coletora, alvará atual e laudos recentes).

Por outro lado, se houve mudança de endereço, ampliação da clínica, aumento de volume de atendimento ou inserção de novos procedimentos, o ideal é elaborar um novo PGRSS completo, com novo diagnóstico e rotinas ajustadas à realidade atual. Isso evita inconsistências e aumenta as chances de aprovação junto à Vigilância Sanitária.

É importante lembrar que apresentar um plano desatualizado pode ter o mesmo peso que não ter plano nenhum. Por isso, contar com uma empresa especializada como a Soluções Resíduos é essencial para garantir que seu PGRSS esteja realmente válido e pronto para qualquer fiscalização.


Mais do que uma exigência legal, o PGRSS é uma ferramenta viva de biossegurança, organização e responsabilidade sanitária. Mantê-lo atualizado não apenas protege sua equipe, seus clientes e o meio ambiente, como também assegura que seu negócio esteja sempre em conformidade com a legislação.

Ignorar a validade PGRSS pode resultar em penalidades severas, autuações da Vigilância Sanitária, interdição do estabelecimento e, em casos mais graves, responsabilização do profissional técnico.

Por isso, o ideal é tratar o plano como parte da rotina de gestão, e não como um documento arquivado. Revisões periódicas, treinamentos, atualizações e apoio especializado são o caminho para uma atuação segura e profissional.


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