Exemplo de modelo PGRSS odontologia
- Deyse Tatiane dos Santos
- 2 de abr.
- 6 min de leitura
Atualizado: 12 de jul.
Elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) eficiente pode ser um desafio para muitos estabelecimentos da área da saúde.
Esse documento é obrigatório para garantir que todos os resíduos sejam descartados corretamente, evitando riscos sanitários, ambientais e problemas com a fiscalização.
Para facilitar esse processo, um modelo PGRSS odontologia pode ser utilizado como referência. Ele serve como um guia para a estruturação do plano, garantindo que todas as exigências legais sejam atendidas.
No entanto, é essencial adaptar esse modelo às necessidades específicas de cada tipo de estabelecimento, como consultórios odontológicos, clínicas médicas, veterinárias, farmácias e drogarias.
Neste artigo, vamos explicar o que é um PGRSS modelo, quais são seus principais componentes e como utilizá-lo de forma correta e segura. Além disso, apresentaremos um exemplo prático e dicas de personalização para diferentes segmentos da área da saúde. Continue lendo e descubra como estruturar um PGRSS eficiente para manter seu estabelecimento dentro da lei!

O que é um PGRSS modelo e para que serve?
Um PGRSS modelo é um documento estruturado que serve como referência para a elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. Ele contém os elementos essenciais exigidos pela legislação e pode ser ajustado conforme a realidade de cada estabelecimento.
O principal objetivo de um PGRSS modelo é facilitar a padronização do plano, garantindo que todas as diretrizes para a correta segregação, armazenamento, transporte e destinação dos resíduos sejam cumpridas. Seguir um modelo reduz o risco de omitir informações importantes e torna a aprovação do documento mais rápida pelos órgãos fiscalizadores.
Além disso, um PGRSS modelo deve estar alinhado às normas vigentes, como:
RDC Anvisa nº 222/2018 – Regula o gerenciamento de resíduos nos serviços de saúde.
Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010) – Define diretrizes para o manejo e destinação dos resíduos.
Normas municipais e estaduais – Cada município pode ter exigências específicas para a estrutura do PGRSS.
Por mais que o modelo seja um ótimo ponto de partida, ele não deve ser copiado integralmente. Cada estabelecimento tem suas particularidades, como tipos de resíduos gerados e métodos de descarte. Portanto, a personalização do documento é fundamental para garantir que ele atenda às exigências locais e às características do negócio.
Agora que você já sabe para que serve um PGRSS modelo, vamos detalhar quais são os elementos essenciais desse documento e como estruturá-lo corretamente.
Estrutura recomendada de um modelo PGRSS odontologia
Um PGRSS modelo deve seguir uma estrutura organizada para garantir que todas as diretrizes de gerenciamento de resíduos sejam cumpridas. Esse documento precisa conter informações detalhadas sobre a origem, classificação, acondicionamento, transporte e destinação dos resíduos. Abaixo, estão as principais seções que um PGRSS deve ter:
1. Identificação do estabelecimento e do responsável técnico
Nome e endereço da empresa.
CNPJ e inscrição municipal.
Nome e registro do responsável técnico.
2. Descrição dos tipos de resíduos gerados
Classificação dos resíduos conforme os grupos estabelecidos pela RDC Anvisa nº 222/2018.
Quantidade aproximada de cada tipo de resíduo gerado mensalmente.
3. Classificação dos resíduos (Grupos A, B, C, D e E)
Explicação detalhada sobre os resíduos que se encaixam em cada grupo.
Indicação do método de segregação utilizado no estabelecimento.
4. Rotinas de segregação, armazenamento e transporte interno
Procedimentos para separar corretamente os resíduos no local de geração.
Tipos de recipientes utilizados para cada tipo de resíduo.
Fluxo de transporte interno até o armazenamento temporário.
5. Métodos de destinação final e empresas responsáveis
Empresas contratadas para coleta e destinação.
Comprovação de que as empresas possuem licença ambiental válida.
6. Plano de capacitação dos funcionários
Treinamentos oferecidos sobre o manuseio correto dos resíduos.
Frequência e atualização das capacitações.
7. Monitoramento e revisão do PGRSS
Procedimentos para atualização do plano e auditorias periódicas.
A estrutura de um PGRSS modelo deve seguir essas diretrizes para garantir a regularização do estabelecimento e evitar problemas com a fiscalização. No próximo tópico, veremos um exemplo prático de PGRSS modelo e como preenchê-lo corretamente.
Exemplo prático de um modelo de PGRSS
Para entender melhor como funciona um PGRSS modelo, veja um exemplo aplicado a um consultório odontológico. Esse modelo pode ser adaptado para outros tipos de estabelecimentos de saúde.
1. Identificação do estabelecimento
Nome: Clínica Odonto Saúde
CNPJ: 00.000.000/0000-00
Endereço: Rua Exemplo, 123 – São Paulo/SP
Responsável técnico: Engenheiro Ambiental João Silva (CREA-SP 123456)
2. Tipos de resíduos gerados e classificação
Grupo A (Biológicos): algodão com sangue, gaze e resíduos de extração dentária.
Grupo B (Químicos): restos de amálgama, produtos para moldagem e desinfetantes.
Grupo D (Comuns): papéis, embalagens limpas e plásticos não contaminados.
Grupo E (Perfurocortantes): seringas, agulhas e lâminas de bisturi.
3. Segregação e armazenamento
Uso de lixeiras identificadas para cada tipo de resíduo.
Descarte de perfurocortantes em caixas rígidas dentro das normas da Anvisa.
4. Transporte e destinação final
Empresa terceirizada contratada: Coleta Segura Ltda.
Licença ambiental: válida até dezembro de 2025.
Método de destinação final: incineração de resíduos biológicos e perfurocortantes; aterro sanitário para resíduos comuns.
5. Monitoramento e revisão
Revisão do PGRSS a cada 12 meses.
Treinamento dos funcionários realizado trimestralmente.
Esse exemplo mostra como um PGRSS modelo deve ser estruturado para garantir conformidade com as normas. No próximo tópico, explicamos como personalizar esse modelo para diferentes estabelecimentos da área da saúde.
Como personalizar um PGRSS modelo para diferentes estabelecimentos?
Embora um modelo PGRSS odontologia sirva como referência, ele deve ser adaptado às necessidades específicas de cada tipo de estabelecimento. A personalização do plano é fundamental para garantir que todas as exigências legais sejam atendidas e que o descarte de resíduos seja feito corretamente.
A seguir, veja como ajustar o PGRSS para diferentes segmentos da área da saúde:
Clínicas odontológicas
Foco no descarte de resíduos perfurocortantes (agulhas, bisturis) e químicos (restos de amálgama, produtos para moldagem).
Exigência de armazenamento rígido para perfurocortantes e segregação correta de resíduos biológicos.
Clínicas veterinárias
Necessidade de controle de resíduos biológicos (sangue, tecidos) e medicamentos vencidos.
Identificação clara de resíduos que exigem tratamento diferenciado, como restos de animais e materiais contaminados.
Consultórios médicos e clínicas de estética
Maior presença de resíduos infectantes (seringas, curativos) e químicos (anestésicos, produtos dermocosméticos).
Importância da capacitação da equipe para a segregação correta dos materiais.
Farmácias e drogarias
Gestão adequada do descarte de medicamentos vencidos e substâncias químicas.
Necessidade de comprovação da destinação correta por meio de empresas certificadas.
Cada segmento tem exigências diferentes, e um PGRSS modelo genérico pode não ser aceito pela fiscalização. Personalizar o plano com apoio profissional garante um documento completo e regularizado.
No próximo tópico, explicamos as exigências da legislação e como garantir que seu PGRSS esteja dentro das normas.
Erros comuns ao elaborar um modelo PGRSS odontologia
Embora um PGRSS modelo seja uma ferramenta valiosa, alguns erros frequentes podem comprometer sua aprovação pelos órgãos reguladores. Veja os principais deslizes que devem ser evitados:
Cópia direta de um modelo genérico – Cada estabelecimento tem particularidades no tipo e volume de resíduos gerados. É fundamental personalizar o plano de acordo com a realidade do local.
Classificação incorreta dos resíduos – Separar materiais de forma errada pode resultar em multas e em riscos sanitários. Certifique-se de que todos os resíduos estejam classificados corretamente nos grupos A, B, C, D e E.
Ausência de um responsável técnico qualificado – Algumas prefeituras exigem que o PGRSS seja assinado por um engenheiro ambiental, sanitarista ou outro profissional habilitado.
Falta de atualização periódica – O PGRSS deve ser revisado sempre que houver mudanças na legislação ou na operação do estabelecimento.
Corrigir esses erros evita retrabalho e garante que seu PGRSS modelo seja aprovado sem complicações.
PGRSS modelo e a legislação: o que observar?
Ter um modelo PGRSS odontologia estruturado é um ótimo ponto de partida, mas é essencial que ele esteja alinhado à legislação vigente. As principais normas que regulamentam o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde são:
RDC Anvisa nº 222/2018 – Define diretrizes para segregação, armazenamento, transporte e destinação final dos resíduos.
Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010) – Estabelece princípios e obrigações para empresas que geram resíduos.
Normas estaduais e municipais – Algumas prefeituras exigem adaptações específicas no PGRSS para aprovação.
Utilizar um PGRSS modelo pode agilizar a elaboração do plano, mas ele precisa ser personalizado conforme a legislação local e a realidade do estabelecimento.
Utilizar um PGRSS modelo é um excelente ponto de partida, mas a personalização adequada é essencial para garantir a aprovação do plano e evitar penalidades. Contar com um profissional experiente facilita esse processo e garante que seu estabelecimento esteja sempre em conformidade com as normas sanitárias e ambientais.



Comentários